O delegado Gleidson Ferreira, que preside o inquérito que investiga fraude no último concurso do Tribunal de Justiça, ocorrido em dezembro de 2015, informou que está fazendo novas diligências e, por isso, pediu mais 30 dias para concluir o inquérito. Esta é a segunda prorrogação solicitada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) para este caso.
"Está faltando concluir diligências e procedimentos. Mais pessoas serão ouvidas, porém não podemos dar detalhes. A investigação será concluída até o dia 12 de março, quando o inquérito será remetido ao judiciário", explicou o delegado.
O juiz José Airton Medeiros, atual vice-presidente da Amapi, informou que as provas colhidas pela polícia estão em segredo de justiça. O magistrado acrescentou ao Cidadeverde.com que a associação só poderá tomar alguma iniciativa quando as provas forem disponibilizadas. "Até agora não temos nenhuma informação. E a polícia ainda poderá pedir nova prorrogação, já que não há presos", declarou o juiz.
Cerca de 42 mil candidatos se inscreveram no concurso e aproximadamente 38 mil compareceram para fazer as provas. O certame disponibilizou 80 vagas para o grupo funcional de Analista Judiciário, de Nível Superior. Cinco candidatos foram autuados em flagrante por fraude ao concurso público, mas já estão em liberdade. Eles são acusados de terem comprado o gabarito da prova.
Ainda em dezembro, o presidente do TJ, desembargador Raimundo Eufrásio Alves Filho, confirmou que o concurso do TJ só será anulado se o inquérito da Policia confirmar a fraude. O magistrado disse ainda que se as investigações apontarem que apenas essas cinco pessoas, no universo de 42 mil, forem os únicos que tentaram fraudar o concurso e o próprio Tribunal de Justiça julgar que não interferiu no certame, é que o concurso não será anulado.
Fonte: Cidade Verde