Na internet e em outros veículos de comunicação, cresce o movimento que deseja reunir uma multidão nas ruas para exigirem o impeachment da presidenta Dilma Roussef.
Mas muitos políticos não acreditam nessa possibilidade, nem que essa mobilização seja realmente de grande proporção, questionam ainda a falta de justificativas sociais ou jurídicas para que isso seja possível.
“A internet é usada para o bem e para o mal. Vamos ver como é que a população recebe isso. Pode ser um fracasso mas também pode ter uma grande adesão. Agora quero saber quais são as razões políticas e jurídicas que vão colocar, por que tem que ter um fato determinante. Qual é o fato? Se tiver uma ação vai ter uma contra ação, pois que quem ensinou esse povo a ir para a rua fomos nós”, disse a senadora quando questionada sobre a possibilidade.
NO SENADO
A defesa dos direitos humanos, a educação e o meio ambiente são os temas que concentrarão a atenção da senadora Regina Sousa (PT-PI), conforme anunciou ela em seu primeiro discurso no Senado.
Regina Sousa substitui Wellington Dias, que renunciou ao Senado para assumir o governo do Piauí. Em pronunciamento no Plenário, ela descreveu sua trajetória de vida. Professora, com 64 anos de idade, é filha de camponeses sem-terra e é a quinta de 14 irmãos.
A senadora contou que aos dez anos já sabia plantar e colher feijão, milho e fava e aprendeu a ser quebradeira de coco. Ela acrescentou que, ainda menina, constatou a necessidade da reforma agrária ao verificar o que passava com seus pais.
Regina Sousa relatou que o babaçu quebrado por sua mãe era vendido no comércio do dono das terras em que seus pais trabalhavam pela metade do preço cobrado por outros comerciantes. E sua família era obrigada a comprar do patrão tudo o que precisava, porque ele pagava o babaçu com vale e não com dinheiro. Apesar das dificuldades, seus pais mandavam os filhos para a escola, comentou a senadora:
— Enfim, aqui estou eu, senadora da República, mais um desafio de tantos que enfrentei na minha vida. Venho disposta a debater temas que me são muito caros, como direitos humanos, educação e meio ambiente. Quero contribuir com uma pátria educadora. Que seja uma pátria que eduque contra o racismo, contra a homofobia, que ensine a respeitar os direitos dos indígenas, a defender a ampliação da participação da mulher nos espaços de poder, que eduque para a sustentabilidade do planeta.
(180graus e Agência Senado)