05 / 08 / 2023 - 10h24
Associação do Ministério Público desmente Polícia e diz que promotor foi perseguido
A Associação Piauiense do Ministério Público (APMP) emitiu nota de esclarecimento sobre uma perseguição policial ao promotor de Justiça Eduardo Palácio Rocha, ocorrida na noite da última quarta-feira (20), no município de Picos (PI). 
 
O texto afirma que o promotor não se recusou a parar na blitz e que os policiais e o veículo descaracterizados começaram a seguir o carro do representante do Ministério Público, que pensou estar sendo perseguido para execução. 
 
Confira a nota na íntegra: 
 
Por volta das 20 horas, o Promotor Eduardo Palácio Rocha seguia para o centro da cidade e passou por policiais militares que, em nenhum momento, pediram para que o veículo que conduzia fosse parado. Minutos depois, um veículo Gol, completamente descaracterizado como pertencente à Polícia Militar (PMPI), passou a acompanhá-lo durante o trajeto. Por ter chegado a Picos no último domingo (17), Eduardo Palácio ainda não tinha conhecimento sobre rotas e itinerários da cidade. Ao estacionar no destino, viu um dos ocupantes do Gol que o acompanhava descer do carro, portando uma arma. Apenas neste momento, temendo por sua integridade física, o Promotor acelerou o seu carro, por pensar se tratar de uma execução.
 
A partir daí, a perseguição durou vários minutos, tendo o Promotor seguido rumo à Delegacia de Polícia de Picos, que estava aberta, mas com a sua porta apenas encostada, o que gerou dúvidas se estava ou não em funcionamento naquele horário. Ainda percebendo a presença do veículo atrás de si, o Promotor seguiu para a BR-316, tendo conseguindo despistá-los por alguns momentos, sendo alcançado novamente. Ao chegarem na rodovia, disparos foram efetuados do veículo gol.
 
Ao conseguir chegar ao Fórum de Justiça, Eduardo Palácio solicitou ajuda aos policiais que lá estavam para fazer a segurança. Para denunciar o ocorrido, o promotor acionou a Polícia Militar, através do número 190, momento em que os ocupantes do Gol desceram do veículo e se identificaram como policiais militares à paisana. O grupo portava duas armas: uma pistola e uma metralhadora, que foram apreendidas para a realização de perícia. Um dos pneus do carro de Eduardo Palácio encontrava-se furado e fora entregue à Polícia Civil para a averiguação. Ainda que bastante abalado, o Promotor passa bem e não sofreu qualquer tipo de dano físico. Contrariamente ao que foi veículado na imprensa, o Promotor não se recusou a parar na blitz.
 
Como cidadão e membro do Ministério Público, resguardou-se do que pensou se tratar de um atentado à sua vida, fugindo de um carro descaracterizado, com ocupantes armados, e procurando as autoridades policiais para garantir sua segurança.
 
A APMP, ao tomar conhecimento do fato, entrou imediatamente em contato com o Procurador Geral de Justiça, Cleandro Moura, a fim de articular atuação conjunta no sentido de resguardar a integridade física do promotor de Justiça. O secretário estadual de Segurança, Fábio Abreu, se comprometeu a apurar o fato. A APMP se solidariza com o Promotor de Justiça Eduardo Palácio e se coloca, mais uma vez, à disposição do membro do Ministério Público para o que for necessário.


10 de Janeiro de 2025 07h:06
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