Em assembleias simultâneas nos cinco campi da Universidade Federal do Piauí (UFPI), realizadas na tarde desta quarta-feira (16), os professores da instituição não aprovaram o início da greve da categoria. Apesar da maioria ter votado pelo início do movimento, não foi atingido o número mínimo de votos previstos no regimento da Associação dos Docentes da UFPI (ADUFPI) para que a paralisação fosse confirmada.
Na votação em Teresina, Parnaíba, Picos, Bom Jesus e Floriano, foram 337 presentes, com 201 votos favoráveis, 122 contra e 14 abstenções. Eram necessários 224 votos para a greve ser aprovada - faltaram 23 votos favoráveis.
"O resultado mostrou que a categoria está bastante dividida. Apesar da maioria simples decidir por greve, o nosso regimento exige dois terços para deflagrarmos a greve", explica o vice-presidente da ADUFPI, Raimundo Moura.
O "Não" venceu somente no campus de Teresina e ficou perto do empate em Parnaíba. O "Sim" ganhou com folga nos outros três campi.
O resultado da votação será levado para o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), que poderá apresentar outra proposta a ser apreciada pelos professores do Piauí.
Mesmo com a decisão, a diretoria da entidade continua mobilizada contra as medidas que motivariam a paralisação dos professores, entre elas a Proposta de Emenda à Constituição 55, que tramita no Senado e ficou conhecida como PEC do Teto de Gastos.
"Continuamos em estado de mobilização e prontos para defender a instituição pública", afirmou o vice-presidente.
Ao contrário da UFPI, os professores do Instituto Federal do Piauí (IFPI) decidiram, nesta quarta-feira, deflagrar grevenos 17 campi de todo o estado.
(Cidade Verde)