Ela também diz ser impossível adotar uma das medidas defendidas pelo parlamentar, de não preencher vagas do programa abertas com a saída de pessoas que começam a trabalhar.
“Há muito desconhecimento sobre o Bolsa Família. Todos os meses, 100 mil famílias deixam o programa. É um número irrisório perto do que teremos que cortar caso essa proposta de corte prevaleça, o que eu não acredito que possa acontecer”, diz Campello.
Além disso, afirma, “as pessoas dessa faixa de renda e vulnerabilidade entram e saem da pobreza rapidamente, e às vezes têm, sim, que voltar para o programa depois de deixá-lo por um tempo”.
Ela cita como exemplo um homem que arrume emprego em uma obra. Ele trabalha alguns meses, de forma temporária. E depois, desempregado, volta a receber a bolsa -o programa paga benefício médio de R$ 165 por família.
A ministra diz não acreditar que o Congresso efetive o corte. “Ainda mais em um momento de dificuldade econômica”, afirma.
Campello diz que não apenas as famílias que recebem os benefícios podem ser afetadas pela tesoura dos parlamentares, mas também a economia de pequenos e médios municípios. Nelas, setores de comércio e serviços são incrementados já que os integrantes do Bolsa Família fazem “a economia girar” ao comprar roupas e a contratar mais serviços, por exemplo.
(Diário do Povo)