Os agentes penitenciários do Piauí decidiram, por unanimidade, iniciar greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira(14). Assembleia geral extraordinária aconteceu ao lado do Palácio de Karnak após reunião com governo.
De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), a paralisação foi motivada porque o governo do estado não cumpriu o compromisso firmado de enviar à Assembleia Legislativa dois projetos de lei acordados em reunião com a categoria.
Um dos projetos se refere à regularização do pagamento das funções de chefes de plantão. Segundo o sindicato, o governo retirou as gratificações e estava pagando por diária e está atrasada há três meses. O outro é a lei que cria vagas de promoções dentro da carreira.
“Os pontos que foram acordados e assinados pelo secretário da Justiça Daniel Oliveira e da Administração e Previdência Franzé Silva são o que cria a gratificação das chefias para agentes que exercem funções de confiança e a criação de vagas dentro da carreira para no futuro propiciar ao agente uma promoção. Sem as vagas não pode haver promoção e o governo com isso trava as promoções dos agentes penitenciários e também os enquadramentos de servidores que estão no Palácio de Karnak, mas mesmo assim o governador Wellington Dias descartou e com isso o governo empurrou a categoria para o movimento grevista”, disse o presidente do sindicato José Roberto Pereira.
Durante o movimento grevista todos os agentes penitenciários comparecerão aos seus locais de trabalho e cumprirão rigorosamente as atividades internas, porém ficarão suspensas atividades externas como visitas a presos, escoltas para audiências e recebimento de presos.
“Temos a responsabilidade com a sociedade, mas o governo tem que ter responsabilidade com a categoria. Não iremos baixar a cabeça. Quem está dizendo a data de início e quem vai dizer a data de encerrar essa greve vai ser o governador, quando apresentar uma solução. A última reunião foi ontem pela manhã e nos deram uma resposta de que o governador não iria abrir em nenhum ponto para os agentes. A categoria tem sido sensível e compreende a situação financeira do estado, mas ao mesmo tempo enquanto a categoria tem sensibilidade o governo não tem. Esses acordos foram todos aprovados em 2013 e principalmente o do reajuste salarial. A gratificação em forma de diárias é crime. Um crime que o governo pratica e o sindicato quer que regularize”, argumentou o presidente.
(Cidade Verde)