O estudante Vitor Melo Rebelo, 18 anos, afirmou ter recebido o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com surpresa, porque não esperava uma pontuação tão alta. O piauiense foi um dos candidatos a atingir 1.008,7 pontos na prova de matemática, a maior nota registrada na história do exame. Animado, o jovem confirmou que tentará uma vaga no curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
O jovem ressaltou que sempre teve facilidade com a área de Exatas. Questionado sobre o que o levou a estar entre os melhores do país, o estudante revelou: "estudo seis horas por dia, mas são seis horas bem aproveitadas. Não tem outro segredo: tem que estudar e responder as questões com maturidade, porque há várias formas de treinar para a prova", declarou Vitor, que tem uma irmã que já cursa Medicina.
Sobre as polêmicas de que ele ser ou não o primeiro colocado em todo o país, como chegou a ser especulado, o estudante respondeu com humildade. "Não acho que sou o primeiro lugar nacional, de jeito nenhum. Eu sabia que seria uma nota boa, mas não tão alta. O que eu fiz foi a nota máxima em matemática. Quando eu vi o resultado achei que tinha uma coisa errada, porque eu pensava que era no máximo 1.000 pontos. Mas depois que eu fui ler como é feita a correção, entendi o resultado."
Vitor Melo afirma que não costuma participar de olimpíadas estudantis. Ele dedica o resultado ao Instituto Dom Barreto, onde estudou desde o maternal, aos professores e diretores, aos pais e ao próprio esforço, que segundo ele foram aspectos fundamentais para a vitória.
Inteligente e solidário
O professor-doutor Afonso Norberto da Silva, coordenador de Matemática do Instituto Dom Barreto, destacou que Vitor Melo tem características pessoais que facilitaram o resultado. "Ele sempre foi muito dedicado, curioso, questionava tudo. Sempre soube pensar e raciocinar. Ele não era uma pessoa que esperava, ele era do tipo de ter iniciativa para ir atrás. Ele respondia da maneira mais fácil as questões mais difíceis", descreveu.
Stela Rangel, diretora do Instituto Dom Barreto, afirmou que Vitor tem "o brilho de querer aprender" e foi um aluno referência na escola. "Ele sempre foi referência, desde pequeno. Tinha o brilho de querer aprender e tirava as dúvidas entre os colegas. É um aluno solidário e ajudava a direção da escola sugerindo os exercícios que deveriam ser repetidos em sala de aula", completou.
Fonte: Cidade Verde