05 / 08 / 2023 - 10h24
A moderna oftalmologia que não dispensa e a priorização do ser humano no atendimento: H. Visão

Oftalmologistas Bruno Queiróz e Thiago Castro Ramalho (Hospital de Olhos H. Visão) - Foto: A3Portal

 

O hospital de olhos H. Visão, que tem como diretor técnico o médico Thiago Castro Ramalho, é um dos maiores hospitais oftalmológicos do Estado do Piauí, e, depois da inauguração do seu novo Centro Médico, em Teresina-PI, previsto para o segundo semestre deste ano, será um dos maiores do país.

 

Mas um hospital só se torna grande mesmo pela força da qualidade da equipe que nele desenvolve suas atividades, atendendo à demanda, não apenas por cuidados médicos em geral, mas, também, por atendimento qualificado e humanizado. 

 

Um médico do H. Visão, que vem sendo reconhecido tanto por sua técnica, quanto pela forma de receber os pacientes e atendê-los de forma acolhedora e humana, é o Dr. Bruno Queiróz, que vamos conhecer a partir de agora, após entrevista exclusiva ao A3Portal. 

 

 

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Doutor Bruno Queiroz, o senhor é médico oftalmologista do Hospital de Olhos H Visão, atende em Picos e Teresina, além de outras cidades do Piauí e de outros Estados, é especialista e integra a equipe do doutor Thiago Castro Ramalho. Uma vida corrida, com muitas responsabilidades. Em  primeiro lugar, por que a Medicina?  Qual a sua especialização, e qual a importância do médico atender as pessoas cada vez de forma mais humana?

 

Doutor Bruno Queiroz:

Olá, espero que todos estejam bem! Eu sou oftalmologista, especialista em catarata, glaucoma, faço também a parte cirúrgica de pterígio e o acompanhamento clínico de patologias de retina, oftalmopediatria, a parte de estrabismo também.

 

Em relação a essa sua pergunta, como fazer um atendimento médico mais humano, é uma pergunta curiosa, porque hoje em dia a gente percebe isso em em todas as áreas, em toda a convivência humana, digamos assim. Se a gente pensar em situações do nosso dia a dia em que isso acontece, a gente vê que é verdade.

 

Então, se você vai a um supermercado, você vai a um restaurante, você vai ao banco e a pessoa que te atende ali, ela te atende com um sorriso no no rosto, ela é gentil com você, ela te olha nos olhos, ela escuta o que você diz, a  sua experiência diante daquela situação, daquele momento, é muito diferente, parece que você sai dali mais feliz, você sai dali com um sentimento diferente do que quando você vai até uma pessoa para levar um problema, para tentar resolver uma situação e a pessoa nem te olha, a pessoa não te dá a mínima atenção, então na medicina é exatamente igual, né?

 

Igual a essas outras situações. Muitas vezes o paciente vem para uma consulta de óculos. A gente faz um atendimento e, no final da consulta, o paciente agradece, a gente nem percebe, mas ele fala: "Poxa doutor, obrigado. É a terceira vez que eu que eu procuro um médico esse mês e o senhor foi o primeiro que me olhou nos olhos, que escutou o que eu tinha pra dizer, nos outros eu fui procurar um atendimento, a consulta foi muito rápida, ele simplesmente me sentou no aparelho, mediu o meu grau, nem escutou o que eu tinha para dizer, ou simplesmente me passou uma receita". 

 

Então, acho que são coisas muito pequenas e que hoje em dia parece que isso tem se perdido cada vez mais. Em primeiro lugar, para a gente fazer um bom atendimento é isso: Olhar o ser humano que está ali do outro lado como uma pessoa que está buscando uma ajuda. Escutar o que ela tenta dizer, olhar essa pessoa nos olhos e ser gentil, atender ela com um sorriso no rosto. E, depois, propor o melhor tratamento, seja um óculos, uma receita ou até mesmo uma indicação de cirurgia para que a gente consiga resolver e aliviar aquela preocupação ou aquele problema que a pessoa traz para nós até o consultório.

 

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Sem citar nomes, qual foi o caso que mais marcou o senhor durante a sua formação acadêmica e também depois, qual o caso que mais lhe sensibilizou como médico, já oftalmologista?

 

Doutor Bruno Queiroz:

Sobre os casos que mais me marcaram e que mais me marcam ainda, eu me considero uma pessoa de muita sorte por poder presenciar, por poder compartilhar dessas histórias tão bonitas na oftalmologia.

 

A catarata é um uma condição muito comum e também não é raro pegar pacientes com catarata que a gente chama de catarata total. É uma catarata que avançou, que evoluiu tanto que ela tampou cem por cento da entrada de luz no olho. Então, ela deixa o paciente completamente cego. Só que, em grande parte dos casos, o paciente tem somente essa catarata, toda a saúde do do olho está bem. Então, quando a gente tira a catarata, a gente consegue devolver uma visão de cem por cento para um paciente que estava enxergando zero por cento.

 

Então, é muito comum, a gente pegar um paciente já de mais idade, um paciente que está com caso de cegueira já há mais de cinco, dez anos,  muitos anos que ele não vê a esposa, que ele não vê os filhos, que o neto que nasceu ele nunca viu, e quando o paciente faz a cirurgia e já sai da mesa de cirurgia enxergando, ele se emociona muito, e a gente que está ali perto presencia essas situações do paciente se emocionando, chorando, abraçando, beijando o esposo, a esposa, o filho que tá ali. São situações que são muito gratificantes de poder presenciar no nosso dia a dia.

 

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Prevenção é palavra de ordem pra quase tudo na vida da gente, mas quando o assunto é prevenção de doenças oculares, qual a importância da prevenção e de que forma, rotineiramente,  a gente deve procurar o oftalmologista?

 

Doutor Bruno Queiroz:

Este é um assunto bem importante. Quando a gente fala de saúde ocular, a gente quase sempre está falando indiretamente também de prevenção. A grande maioria das doenças oftalmológicas, a grande maioria das doenças oculares elas são assintomáticas, elas são silenciosas na sua forma inicial.

 

Quando a gente fala, por exemplo, de glaucoma, às vezes um um paciente que tem um problema de grau muito elevado, pacientes com alterações na retina, retinopatia diabética, retinopatia hipertensiva.

 

Quando este paciente procura o oftalmologista, já com sintoma de perda de visão, muitas vezes no exame a gente encontra um quadro bastante avançado, um quadro já com complicações. Porque grande parte dessas patologias, como eu disse, nos primeiros anos de doença, ela não causa qualquer tipo de alteração, qualquer tipo de sintomas nos olhos. Por isso que na oftalmologia, diferente de outras especialidades, é muito importante que o paciente passe por consulta todo ano pra que, caso o paciente apresente alguma alteração, a gente descubra ela na fase inicial e esse tratamento seja muito mais fácil.

 

Nesse caso, o sucesso do nosso tratamento será muito maior do que quando o paciente busca um médico já com algum sintoma de perda de visão, com algum sintoma de alteração visual e a gente descobre já uma doença de forma tardia.

 

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Existem as doenças congênitas oculares. Quais seriam essas doenças e a partir de que idade se deve procurar o médico para que se possa avaliar a saúde dos olhos dos nossos bebês?

 

Doutor Bruno Queiroz:

Em relação a essa questão de doenças congênitas, nós temos no Brasil o que a gente chama de triagem neonatal, que é o teste do pezinho, sendo o mais famoso. Também tem o teste do coraçãozinho, o teste da orelhinha e, para nós na oftalmologia, nós temos o teste do olhinho.

 

Esses testes consistem em fazer um exame de triagem no recém-nascido, para que a gente possa diagnosticar de maneira precoce alterações congênitas que esse recém-nascido possa ter, para que a gente não faça um diagnóstico tardio e, muitas vezes, já com uma condição impossível de se tratar, e essa criança acabe desenvolvendo um quadro de deficiência, um quadro de retardo de maneira não tratável.

 

Então, toda criança, preferencialmente já na maternidade, ela faz esse teste do olhinho. É claro que, sendo nosso país muito grande, nós temos municípios pequenos que não contam com com especialista, então muitas vezes o recém-nascido vai de alta para casa e depois a mãe agenda para fazer esse teste com o médico especialista. 

 

É muito importante que esse teste do olhinho seja feito, porque existem as doenças congênitas, como retinopatia da prematuridade, catarata congênita, que são doenças que devem ser tratadas de maneira precoce. Que caso isso não seja tratado, pode culminar numa baixa visão definitiva.

 

Uma criança que tenha uma deficiência visual, que se descoberta de forma tardia, pouco tem a se fazer. Também falando dessa parte de patologias infantis, já não seria uma coisa congênita, mas é uma alteração também comum: ficou muito famoso agora o caso daquele apresentador, o Thiago Leifert. Sua filha teve um tumor, um retinoblastoma, um tumor da retina.

 

Nas crianças, após o teste do olhinho, é importante que, anualmente, também se faça um exame de de rotina, como se faz no adulto. Fazendo a dilatação da pupila, exame de fundo de olho, justamente porque criança geralmente não reclama. Muitas vezes é o professor no colégio ou um cuidador, a babá, o pai, a mãe, que percebe que a criança  não está enxergando bem, que está tendo alguma alteração de visão.

 

Então, quando a gente deixa para levar a criança ao oftalmologista, ao médico, quando a gente percebe alguma coisa, muitas vezes essa doença já está avançada, já tem algum quadro ali instalado. Por isso que é tão importante que a gente faça avaliação todo ano, com exame oftalmológico completo para que, caso venha a ter qualquer tipo de alteração, qualquer tipo de doença, a gente descubra isso no início e trate de maneira muito mais eficiente, muito mais eficaz.

 

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O senhor integra a equipe do médico Thiago Castro Ramalho, que é muito querido na cidade de Picos e já esteve também  em Picos com ele, e agora passa a atender também, vindo sozinho para a unidade do H Visão em Picos. Qual é a experiência que o senhor leva para a vida com relação a vir atender numa cidade do interior do estado do Piauí, onde há uma demanda reprimida muito grande, principalmente por cirurgias da catarata, glaucoma, pterígio e também, mais recentemente, com relação a implante de lentes intraoculares?

 

Doutor Bruno Queiroz:

Para mim é motivo de muita alegria, é motivo de muito orgulho, poder atender em Picos e em várias outras cidades também pelo Piauí, não só na capital, em Teresina, e de levar esse serviço de excelência, serviço de ponta, por meio do Hospital H Visão.

 

É muito comum em outras especialidades, tenho certeza que todo mundo conhece uma história de alguém que precisou de ir para São Paulo, porque só lá tinha um determinado especialista, ou só lá se fazia uma cirurgia, um determinado exame. E, na oftalmologia aqui no H Visão, graças a Deus a situação é ao contrário. Somos nós que recebemos, às vezes, muitos pacientes de São Paulo, de Brasília.

 

Daqui dos Estados mais próximos, Ceará, Maranhão, Pará. Fora do país, nós temos pacientes da Inglaterra, da Espanha, aqui da Guiana Francesa.

 

Então, hoje o que existe de mais moderno, o que existe de mais tecnológico, as tecnologias de ponta que só se encontram nos Estados Unidos e em São Paulo, nós temos tudo isso aqui no H Visão. Cirurgia a laser, cirurgia minimamente invasiva, cirurgia com implante de lentes intraoculares importadas, que dão independência do óculos para o paciente. Então, hoje nós conseguimos contar com o que existe de melhor e levar isso para todos os nossos pacientes. Independente de ele estar sendo acompanhado na nossa unidade da capital, ou de alguma das nossas unidades pelas cidades do Piauí.