Na segunda-feira (15), data prevista para o início do ano letivo na rede estadual de ensino, os trabalhadores da Educação de Picos deflagraram greve por tempo indeterminado.
Em assembleia realizada na manhã desta terça (16), no auditório do Sinte Regional de Picos, os trabalhadores locais e de munícipios da região, decidiram que a greve será mantida até que o governo efetue o pagamento do reajuste salarial de 11,36% de forma linear para os docentes aposentados e ativos.
O Governo do Piauí apresentou a proposta de pagar o reajuste em três parcelas, Janeiro, agosto e dezembro de 2016, que foi rejeitado de imediato pelos trabalhadores.
Segundo a presidente do Sinte Regional, Giselle Dantas, o Governo alega que não tem recursos para pagar o reajuste. “Isso não tem procedência, pois o Ministro da Educação já se manifestou informando que o repasse do Fundeb já vem reajustado, assim, o Estado e município que não tiver condições de pagar podem recorrer a União para cobrar o complemento. Por isso, não vamos abrir mão do nosso direito”, afirma.
De acordo com o Sinte Regional, mais de 90% das escolas estão sem funcionamento. A presidente afirma que os trabalhadores da educação foram mobilizados e conscientizados sobre a necessidade de participar do movimento grevista, para que o Governo cumpra os direitos de todos.
Além do reajuste salarial de 11,36%, os trabalhadores lutam também contra a militarização das escolas e o novo modelo de gestão baseado na meritocracia, que a Secretária Estadual de Educação deseja implantar nas escolas piauienses.
Nesta quinta-feira (18), os trabalhadores realizarão uma caminhada pelas ruas da cidade, vestidos de preto e segurando cartazes, para protestar contra a posição do governo.