Tite fez tanta questão de mostrar respeito ao Cobresal, adversário do Corinthians na primeira rodada da Copa Libertadores, que se recusou a apontar dificuldades externas. É o próprio time de El Salvador que causa temor, segundo o treinador, não as condições climáticas no Deserto do Atacama ou a altitude superior a 2.300 metros.
“Altitude e clima são uma questão de adaptação, mas a qualidade do adversário está em primeiro plano”, afirmou o gaúcho. “Não vejo a altitude maior influenciar, não. Em outros locais, é mais pesado: Cusco (quase 3.400 metros), La Paz (mais de 3.600 metros)… Não vejo a altitude interferindo tanto.”
Advertindo que não tem o conhecimento necessário por não ser fisiologista ou médico, o técnico admitiu alguns cuidados. A principal preocupação é em relação às bolas aéreas, que tomam uma trajetória diferente da geralmente observada nos campos brasileiros.
“Não tem nada de extraordinário em jogar no deserto, mas existem algumas variantes. A bola pega uma velocidade e fica com essa mesma velocidade. É preciso estar sempre com cobertura nas bolas que viajam. E é preciso ter atenção com as finalizações de média distância”, cobrou.
Pelas dificuldades logísticas na chegada à pequena El Salvador, a delegação passou a noite na capital Santiago. Um voo fretado levaria os jogadores e a comissão técnica, na manhã de quarta, ao palco do confronto. O jogo será disputado no estádio El Cobre, com capacidade para 20 mil pessoas – mais do que o dobro da população da cidade.
Fonte: Gazeta Esportiva