O lobista piauiense Halysson Carvalho Silva é um dos três envolvidos na operação Zelotes que prestam depoimento na tarde desta quinta-feira (19) na CPI do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), na Câmara dos Deputados. Além dele, devem falar aos parlamentares o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva e o sócio dele Eduardo Gonçalves Valadão.
Os três, já denunciados à Justiça, estão amparados por habeas corpus que dão a eles o direito de não responder as perguntas dos deputados. O advogado Eduardo Gonçalves Valadão e Halysson negaram envolvimento com o órgão.
“Nunca andei no Carf, não sabia nem o que era o Carf”, disse Halysson.
Halysson Carvalho Silva, acusado de extorsão, teria sido contratado pela SGR Consultoria Empresarial para ameaçar os lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, sócios da empresa de consultoria Marcondes e Mautoni, para pagarem propina relativa à aprovação de medida provisória que teria beneficiado a Mitsubishi do Brasil.
Marcondes, em depoimento à CPI, preferiu ficar calado, mas confirmou com um gesto de cabeça ter sido ameaçado por Halysson, ao ser questionado pelo deputado Izalci (PSDB-DF).
Segundo os investigadores, Mauro Marcondes teria se recusado a repassar parte do que era devido à SGR, que passou a ter dificuldades financeiras para pagar seus compromissos. Halysson Silva foi então contratado pela SGR para ameaçar Marcondes.
Halysson Carvalho também é suspeito de extorsão contra o empresário Eduardo Souza Ramos, representante da Mitsubishi Motors no Brasil, em troca de US$ 1,5 milhão.
No ano passado, em depoimento à CPI do Carf no Senado, Halysson disse não ter relação com o Carf e chegou a dizer que não sabia nem o que era o órgão. Segundo ele, seu nome foi usado para extorsão.
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