O Programa de Controle a Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde de Picos registrou um crescimento dos casos da doença em Picos e nos municípios referenciados. Em 2017 foram diagnosticados 99 casos da doença, contra 87 registrados em 2016. O aumento foi de quase 7% de uma no para outro.
Segundo o Coordenador do Programa, Gilberto Valentim, por a hanseníase ser uma doença que os sintomas a princípio não incomodam, as pessoas acabam negligenciando e ao procurarem o serviço de saúde o estado está avançado provocando sequelas.
A hanseníase, comumente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que lesiona os nervos periféricos e diminui a sensibilidade da pele. Geralmente, o distúrbio ocasiona manchas esbranquiçadas em áreas como mãos, pés e olhos, mas também podem afetar o rosto, as orelhas, nádegas, braços, pernas e costas.
A doença tem cura, porém exige tratamento prolongado para não desencadear problemas ao paciente ou a transmissão da bactéria para indivíduos de convívio próximo. Nos dias de hoje, sabe-se que não há necessidade do isolamento dos indivíduos, pois o SUS fornece a medicação necessária para recuperação dos portadores da hanseníase. “O mais preocupante é que em 65% dos casos diagnosticados a doença está na fase transmissível, quando o paciente está com uma carga muito alta de bacilos”, disse Gilberto Valentim.
Janeiro roxo
A nível mundial é realizada a campanha “Janeiro Roxo” e como parte desta programação em Picos e região serão realizadas várias ações de conscientização e controle da Hanseníase. As atividades começam na próxima quinta-feira (18/01) pelo Bairro Morada do Sol com a realização de busca ativa e encerra no dia 31 de janeiro com o lançamento de uma revista com todas as informações dos casos de Hanseníases em Picos.
(webpiaui)