Os lotes da vacina contra a Covid-19, Sinovac, desenvolvida pela China e fabricada no país pelo Instituto Butantã, de São Paulo, podem estar disponíveis para aplicação no Brasil a partir do dia 16 de dezembro, informou o infectologista Carlos Henrique Nery Costa, um dos mais importantes do país, nesta quarta-feira (28).
Ele informou que falta finalizar a fase três, a de testes em larga escala, e a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Realmente acho que teremos a vacina da Sinovac até essa data”, afirmou.
De acordo com Carlos Henrique Nery Costa, a Anvisa prometeu avaliar em 60 dias e a papelada, que foi dada dentrada no início de outubro. O inceftologista falou que vacinas contra a Covid-19 da China, da Rússia e da Universidade de Oxford (Inglaterra) são seguras e cada uma tem seus estudos.
Carlos Henrique Nery Costa disse que a Sinovac, que está sendo chamada de CoronaVac, será a primeira porque é a mais simples de ser elaborada. Para ele, as primeiras pessoas a serem vacinadas com a Sinovac no Brasil devem ser os profissionais de saúde; professores e outros expostos a aglomeração, idosos e as pessoas com doenças crônicas.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, voltou a cobrar a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pela aprovação da importação de matéria-prima para que a instituição inicie a produção local de 40 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Segundo Covas, a demora vem atrasando o cronograma de fabricação do imunizante.
“Nossa previsão era para iniciar a [produção da] vacina do Butantan na segunda quinzena de outubro. Foi solicitado para a Anvisa, em 23 de setembro, a autorização para importação da matéria-prima da China. Ainda não saiu. Esse atraso pode ter efeito na produção da vacina. Cada dia que aguardamos é um dia a menos de vacina”, disse o diretor em entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
Fonte: Meio Norte